Pois é gente...
Ninguém gosta de passar trabalho. Muito menos na época corrida de final de ano. Ok. O natal já passou, a correria dos presentes não é mais problema pra nós. O problema agora é a correria do Ano Novo.
Como assim correria? Ano Novo é maravilhoso: festas, ceia, 7 ondinhas e aquele vestido branco lindo.
Se você concordou com a cabeça saiba que nem sempre é tudo um mar de rosas. Meu final de ano já "começou mal". Partindo do princípio que eu vou trabalhar no dia 31. Sim. Até as 13h mas vou. Ou seja, SEM CARONA pra praia. Minhas caronas vão tudo dia 30 de noite e eu vou ter que pegar aquele famoso pinga-pinga pleno feriado.
É... aquele que leva 3 horas e meia pra chegar enquanto de carro dura apenas 1h50. Até aí tudo bem. Desde que não tenha galinhas ou um velhinho mal cheiroso do meu lado, tudo bem.
Após gastar uns 142 reais de crédito do celular tentando ligar pra todos os conhecidos e amigos que vão pra praia pra ver se rolava uma carona desisti. Todos vão no quarta ou na quinta pela manhã. O caos tava estabelecido pra mim.
Ok ok. Sem pânico. ainda bem que existem os pingas. Se não fossem eles eu ia ficar na capital na virada do ano.
Entrei no site da rodoviária com o objetivo de comprar a minha humilde passagem. Me cadastrei e tudo. Na hora de comprar, clico na poltrona e tchanananammmm: Seu Saldo é INSUFICIENTE para realizar esta compra. Em outras palavras, você é pobre e não tem nem 20 reais pra pegar um pinga.
Momento medo. o.O
Resolvi usar meu horário de almoço pra ir até a rodoviária, num calor de 35ºC, na busca incessante pela minha locomoção até o litoral. Ao pegar o elevador do prédio, este desce 1 andar e trava. Você deve perguntar: como assim trava??? Sim. Travou. Acabou a luz no prédio e eu presa num cubículo escuro sem celular e com vontade de chorar e gritar. Eu ouvia o porteiro falando: Ihhhh vai demorar. A última vez a luz só voltou depois de 1h20min. Comecei a entrar em desespero. Gritar não adiantava. Nada adiantava. Resolvi trancar a respiração com medo de que faltasse ar até voltar a luz. Ninguém me ouvia. Decidi sentar no chão e esperar a maldita luz voltar. Já estava pensando na virada do ano no elevador como seria. Sem champagne, sem vestido branco, sem calcinha nova (sim, sou supersticiosa). As manchetes do outro dia: "Mulher passa a virada do ano em elevador", "Jovem de 23 anos parecia uma morta-viva ao passar 3 dias presa no elevador", "Corpo de mulher é encontrado em elevador na capital" e por aí vai.. Mas... pra minha sorte (ou azar) depois de 35 longos minutos a luz resolveu aparecer.
"Ótimo! Agora só tenho mais 25 minutos pra ir até a rodoviária, comprar minha passagem e ficar sem almoço."
Fui. Cheguei lá mais uma vez a vontade de chorar. Por ser 12h35 todo mundo resolveu comprar sua passagem. Os guichês lotados. O que tinha menos gente devia ter umas 32 pessoas na fila. Entrei na fila que acreditava ser a menor. Enquanto as filas dos lados andavam rapidamente a minha tava parada. Tinha um casal na minha frente com um humor tão bom que só davam risada e na hora deles comprarem demoraram uns 14 minutos conversando bem humoradamente com a atendente da rodoviária. Solteira, vendo aquele amor todo, morrendo de calor, faltando só mais 5 minutos pra acabar meu horário de almoço. Juro que me imaginei voando no pescoço daquela mulher e dando um chute naquele cara.
Momento raiva. grrrrr
Ok. Minha vez. Apenas um lugar. É MEU. Ok. Vou pra praia.
Espero que pra vocês o final de ano seja mais tranquilo. :)
Vamos ver o que vai acontecer de mais terrível pra mim até chegar a 0h de amanhã.
hehehe
Beijos!
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