sexta-feira, outubro 22, 2010
Desilusões nos relacionamentos
Atenção: o post a seguir contém certa quantidade de palavrões, não é recomendado para homens e para menores de 18 anos.
Estava eu pensando aqui com meus botões e cheguei a uma conclusão bastante válida. Os relacionamentos entre homem e mulher podem ser tranquilamente comparados a uma consulta médica. “Como assim? Ela enlouqueceu?!”. Não, ainda não. Pensa comigo e pega por exemplo um oftalmologista. Você vai se consultar, ele te chama atenciosamente pelo nome, te trata bem, te dá um colírio de amostra grátis, vai aumentando o seu grau durante as revisões mas no fim sempre termina do mesmo jeito: chamando o próximo na fila de espera. Paciente este que aguarda ansiosamente ser tratado por ele da mesma forma que você acabou de ser.
O problema é que as pessoas não mudam. O cara que você conheceu naquela festa e que implorou para dormir com você já no primeiro dia que vocês se conheceram não vai mudar. Você disse não, ok. Ele vai passar em um puteiro ou partir para a próxima festa, atrás da próxima tola que dessa vez aceite passar a noite com ele e fingir que nada aconteceu na manhã seguinte.
Infelizmente o que vai acontecendo, sob o meu ponto de vista, é a merda da banalização dos sentimentos. Você fica com um cara, ele fica com outras, você fica com outros, e todos ficam felizes. Virou um oba oba generalizado. Cadê a parte boa e honesta do sentimento? Cadê a paixão que com o tempo poderia (ou não) se transformar em amor que existia no tempo da minha avó? Ou será que ela nunca existiu e vivemos em um mundo de constantes desilusões e fingimentos, onde mentir é mais satisfatório para ambos os lados? Será que com o tempo o casamento vai se tornar algo de passado distante?
É uma verdadeira bola de neve. A enrolação vai tomando proporções maiores e, consequentemente, a desconfiança também.
Outra coisa que posso afirmar é que sofrer com as desilusões é algo basicamente próprio das mulheres. Claro que alguns homens também são capazes de sofrer (e muito) nos relacionamentos... mas a verdade é que nós mulheres somos bem mais sentimentais, algumas até rancorosas (eu sou uma) e levamos com maior intensidade as coisas que dizem respeito ao nosso relacionamento com alguém.
O que acontece é que precisamos deixar de ser bobas e não acreditar mais em tudo que qualquer bípede com pinto nos diz. Vide a minha vasta experiência própria.
Já levei e continuo levando tanto na cabeça que hoje não sou capaz de derramar uma lágrima sequer quando sem-vergonhas me magoam. E olha que nem oftalmologista sou, mas posso dizer que a vida de solteira me ensinou a chamar o próximo da fila.
PERDEU, PLAYBOY.
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