sexta-feira, setembro 03, 2010

O Dom de prever o futuro





As mulheres solteiras de hoje em dia sabem o quanto está difícil arrumar um cara decente. E olha que não estamos nem tão exigentes assim. Os caras solteiros estão solteiros porque QUEREM estar. Querem beber todas, querem pegar mulher, querem sair comendo todas por aí. A verdade é que os tempos modernos abriram várias portas para o mundo masculino onde eles já não precisam ter um relacionamento para conseguir a transa que eles querem e tudo o mais. E ainda com a melhor parte: podem mandar a mulher voltar pra sua casa no dia seguinte e não ter que ver a cara dela nunca mais depois disso, se assim o desejarem.
Mas, dessa vez, não vou tirar o nosso fora. Nós, mulheres solteiras modernas, também somos chatas e temos o nosso lado difícil de ser.

Depois de tanto ser sacaneada, a gente vai desenvolvendo técnicas em já saber de cara o que não vai dar certo. Que determinada característica naquele ser vai acabar nos irritando, ou que o cara vai te trair com o primeiro poste que ele passar na frente e assim por diante.

Esses dias conheci um amigo de uma amiga que ela há muito queria me apresentar. O cara não era um exemplo de beleza e nem um poço de inteligência, mas ok: “vamos ver no que vai dar” - pensei. Hoje em dia estamos em meio a uma safra tão ruim que algo poderia me surpreender. Foi o que eu imaginei – doce ilusão.

O cara era querido, parecia ser cabeça e os papos foram evoluindo. Até que eu notei a suíça que ele tinha no rosto. O lado esquerdo era um pouquinho maior que o direito. Pouquinho = cerca de 2 ou 3 milímetros. Aquilo foi me irritando a ponto de eu conversar com ele olhando para a sua bochecha. Sabem aqueles caras que falam com você olhando para os seus peitos? Pois era eu olhando pra suíça dele. “Será que ele não percebe que uma tá maior que a outra?” A agonia era como a de estar olhando para um quadro torto na parede. O modo como ele bebia incansavelmente doses de whisky puro também foi me intrigando. “Esse cara vai ter cirrose hepática logo, logo. Vou ser viúva aos 30 anos.” Fora o detalhe que o cara exalava fumaça igualzinho a uma chaminé. Mentira. 1437 vezes pior do que uma chaminé. Se realmente fumar causava impotência o pinto dele não ia servir mais pra nada. No fim de tudo já não podia mais olhar pra ele direito e não via a hora de sair do “encontro esquematizado”. Até que ele veio pedir o meu telefone.

“Podes me dar seu celular?”
“Er...pra quê mesmo?”
“Pra eu te ligar uma hora dessas, a gente combinar de fazer algo... ah... sei lá.”
“Na real, não sei se a gente vai se ver de novo. Podemos poupar esse trabalho.”
“Por que você acha isso? Não sou como os outros caras que você anda conhecendo por aí.”
“Ah sim... não é mesmo. Nunca tinha visto uma suíça como essa tua. Posso ser sincera? Me dá vontade de passar a tesoura. E tem mais. Não quero ser mãe solteira quando você morrer de cirrose hepática. Não mereço cuidar de duas crianças sozinha. Isto é, se é que vou conseguir engravidar já que provavelmente deve ser impotente devido a tanto cigarro nesse corpo. Vou indo lá. Prazer em te conhecer.”
“... o prazer foi meu... acho.”

É amiga. E assim a gente vai aprendendo de cara a ver o futuro daqueles novos pretendentes e o quanto darão certo ou não com a gente. A experiência facilita muito e faz com que não percamos nosso precioso tempo com certos caras, que não combinam nada com você, só querem te levar pra cama e que não vão nos acrescentar nada a não ser péssimas lembranças.

#FICADICA das UCG’s. =)

Um comentário:

Laura disse...

devo contribuir o post com a facilidade do msn.
já no msn tu pode ver como o dito cujo é e como ficará.

ou seja, estamos munidas!

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